A perda da biodiversidade é uma das três grandes crises planetárias que hoje enfrentamos, a par das alterações climáticas e da poluição. No final de 2022, na cimeira global da biodiversidade (COP15), no Canadá, o Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, proferiu um alerta contundente: “Sem Natureza, somos nada”.
Num artigo publicado na ‘Nature’, investigadores da Suíça, da República Checa e dos Países Baixos destacam que os microrganismos que vivem nos solos são indispensáveis para proteger e restaurar as paisagens em terra e a sua utilização pode aumentar o crescimento das plantas em 64%. Numa das experiências, perceberam que esse potencial de produção de biomassa vegetal chegou mesmo aos 700%.
O estudo revela que os microrganismos podem desempenhar um papel crucial especialmente em paisagens intervencionadas, como áreas dedicadas à agricultura ou à silvicultura, por exemplo, que cobrem perto de metade de toda a superfície terrestre com vegetação a nível global.